Mais uma vez, o dia amanheceu em meio a protestos e mortes no Cairo. Segundo informações da rádio BandNews FM, militares atacaram seguidores do presidente deposto Mohamed Mursi, matando centenas de pessoas. Grupos aliados ao presidente queimaram igrejas em cidades do interior do país. No dia 14, o vice-presidente Mohamed El Baradei renunciou ao cargo.
Na manhã da última quarta-feira (14/8) na região da mesquita de Rabia al Adawiya, onde a maioria dos militantes pró-Mursi estão acampados, aconteceu o confronto entre policiais e manifestantes. Houve intensos tiroteios entre os dois grupos e dezenas de mortos, embora ainda não exista um número definido. Enquanto o Ministério da Saúde fala em 15 mortos e 200 feridos, a Irmandade Muçulmana, partido de Mohamed Mursi, relata mais de 200 mortes; dentre elas, a filha de 17 anos de um dos seus principais líderes.
Em entrevista hoje à rádio BandNews FM, o embaixador brasileiro no Egito, Marco Brandão, afirma que não há brasileiros entre os feridos. Ao jornalista Ricardo Boechat, o diplomata disse que o comércio está fechado e que há muitas pessoas nas ruas. A comunidade anglicana no Egito divulgou um alerta de oração urgente, relatando que pedras e coquetéis molotov foram atirados nas igrejas e o carro de um líder religioso foi destruído em Suez.
Em um anúncio feito na TV estatal, o governo do Egito anunciou estado de emergência por um mês, iniciando às 16h locais (11h em Brasília).
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